Intenção é acabar com a demanda reprimida. O secretário e também vice-prefeito já tinha abordado o assunto antes de assumir os cargos. São mais de 2 mil processos “parados”
No segundo semestre do ano de 2022 e todo o ano de 2023, e ainda durante o ano de 2024, um dos principais problemas enfrentados em Itaúna pelos empresários construtores, trabalhadores e técnicos da área da construção civil era a demora na aprovação de projetos junto à Secretaria de Regulação Urbana. Com a nova administração tomando posse, o vice-prefeito Hidelbrando Neto assumiu a pasta, e já havia abordado o tema antes mesmo de assumir. Segundo ele, em levantamento inicial, existiam entre dois e três mil projetos aguardando análise e aprovação naquela pasta.
Mesmo assim, com esse volume de projetos “parados” naquela secretaria, a área da construção civil foi a que mais gerou novas vagas de emprego com carteira assinada em Itaúna em 2024, alcançando um índice de 54,74% do total. Foi gerado saldo de 859 novos empregos no setor, no período de janeiro a novembro (dezembro ainda não foi divulgado). Em segundo lugar está o setor de serviços, que foi o que mais cresceu no resto do País, mas que em Itaúna ficou na segunda colocação. Este setor gerou novos 653 postos, com 41,60% do total de novas vagas. E em terceiro está a área da indústria, com 114 novas vagas e cerca de 7% do total de vagas criadas. O saldo total foi de 1.569 novas vagas, entre janeiro e novembro de 2024. Os setores do comércio e do agronegócio apresentaram saldos negativos. O primeiro com 17 demissões; e o segundo com 40 dispensas.
Importância da construção civil para Itaúna
Para se ter uma noção da importância deste setor da construção civil para Itaúna, basta notar que no Brasil ele ficou na terceira posição, bem abaixo das duas primeiras. Segundo dados do Governo Federal, o setor de serviços puxou a geração de novos empregos, seguido pelo setor da indústria. Em terceiro ficou a área da construção civil, seguida do setor do comércio. Outra curiosidade é que o agronegócio, que ostenta a ponta quando se trata da obtenção de isenções fiscais (o setor fica com 18,7% do total de renúncias fiscais), é o setor que menos gerou empregos no País. Em Itaúna, por outro lado, o setor da construção civil foi tranquilamente o setor que mais empregou. Mesmo que tenha sido constatado o volume alto de projetos “travados”, à espera de liberação, na Secretaria de Regulação Urbana. Durante o ano passado, a FOLHA produziu várias reportagens apontando o problema. E na Câmara o assunto foi alvo de pronunciamentos e propostas do vereador Alexandre Campos, também por várias vezes, e acabou por ter a edição de uma Lei Complementar, a de número 217, de setembro de 2024, que propõe a simplificação da aprovação dos projetos de construção civil no município.
Novidade anunciada
Esta lei já está em vigor e, conforme o secretário e vice-prefeito Hidelbrando Neto, a pasta que ele dirige vai acelerar a análise, visando a liberação destes pedidos. Conforme o secretário, com a aprovação simplificada, a tendência é aumentar o número de obras no município e, consequentemente, gerar mais empregos para a população.
Para Hidelbrando Neto, a ação de atuar na análise destes quase três mil projetos que estão aguardando um parecer da Secretaria, e estabelecer mais agilidade para os futuros projetos, é de grande importância para o crescimento do setor em Itaúna. Que, aliás, já tem apresentado crescimento, mesmo com os critérios anteriores que acabavam por “emperrar” o desenvolvimento, na opinião de críticos.
A proposta é liberar o mais rápido possível esses milhares de projetos à espera de análise e atuar de forma a não acumular novos projetos na pasta à espera de uma solução. Conforme Hidelbrando Neto, a intenção é a de entrar 2026 sem projetos parados na Regulação Urbana.
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